Cildo Meireles é um dos maiores representantes da arte contemporânea brasileira.
O primeiro a fazer, recentemente, uma exposição individual na Tate Modern, em Londres, a principal galeria de arte contemporânea da Europa e uma das mais importantes do mundo.
Ele trabalha com noções como fronteiras, territórios e deslocamentos.Montar suas obras em um espaço expositivo não tradicional é uma forma de aproveitar o conceito de arte deste artista para readequar o Palácio o Palácio da Aclamação á uma nova proposta expográfica.
A exposição ''No território Vasto: Cildo Meireles e Artistas convidados'' marca a reabertura do Palácio da Aclamação como espaço expositivo temporário, com um eixo curatorial que visa provocar a tensão entre Arte e Patrimônio.Enquanto durarem as obras de recuperação do Palácio, até a sua reabertura completa, ele passa a receber exposições de grandes artistas, numa proposta de ocupação que provoca o diálogo entre a arte conteporânea e o espaço preservado.
Além disso, receber esta exposição como parte da programação da VI Bienal de Cultura da UNE é uma oportunidade de dar trânsito no Palácio.A Bienal reúne pessoas de todo o pais, além da cidade de Salvador, incluindo um público jovem que precisa começar a se relacionar, a conhecer e valorizar mais nosso patrimônio.E nada melhor do que a arte contemporânea para atrair esta parcela da população, capaz de criar uma ressonância em torno da nova programação deste espaço, chamando a atenção também do público em geral.
A partir da exposição do Cildo Meireles e Artistas Convidados, os visitantes podem conhecer a história e a arquitetura do Palácio da Aclamação, numa atitude relacional, aproximando a arte do presente à arquitetura do passado.
Entrevista com Daniel Rangel, Diretor de Museus do IPAC
Paulista ( 1997 )